TUDO SOBRE CELULITE: O QUE É, TIPOS, CAUSAS E MAIS

A celulite é o acúmulo de gordura que deixa a pele com um aspecto ondulado e com “furinhos”, parecido com uma “casca de laranja” e em alguns casos mais graves, com o aspecto de “casca de nozes”. Muito temida e indesejada, essa condição natural do corpo pode ser um forte inimigo da auto estima e autoconfiança principalmente das mulheres.  

Pensando em cuidar da pele das nossas consumidoras e também de seu bem-estar, traz não apenas produtos específicos para celulite, como também deixa aqui tudo o que você precisa saber sobre celulite, suas causas, tipos, graus e claro, dicas do que fazer para eliminar as celulites o quanto antes e tornar a ter aquela pele bonita tão desejada. 

Continue lendo e invista no cuidado que sua pele merece!

O QUE É CELULITE

A lipodistrofia ginóide, mais conhecida como celulite, é uma condição natural da pele causada pelo acúmulo de gordura que deixa a pele com um aspecto ondulado e com “furinhos”, parecido com uma “casca de laranja” e em alguns casos mais graves, com o aspecto de “casca de nozes”. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a celulite afeta quase 100% das mulheres após a puberdade e ao longo de suas vidas adultas.

Além disso, a celulite não está necessariamente relacionada ao peso ou à obesidade. Vamos entender melhor suas causas.

O QUE CAUSA A CELULITE?

A ação antioxidante é a capacidade de um composto ou substância de inibir, ou  reduzir a oxidação de outras moléculas. Isso significa que essa ação pode proteger as células e tecidos do corpo contra danos causados pelos radicais livres, evitando ou retardando o envelhecimento e o surgimento de diversas doenças no nosso organismo por conta do estresse oxidativo.

AS 6 PRINCIPAIS CAUSAS DA CELULITE

1. CAUSAS HEREDITÁRIAS DA CELULITE

Alguns estudos científicos investigam a possível influência genética na predisposição à celulite. 

Um estudo científico publicado em 2002 no Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology, por exemplo, examina a associação entre a celulite e fatores genéticos em gêmeos. Os resultados sugerem que  fatores genéticos podem contribuir para a presença de celulite, mas também enfatizaram a importância de fatores ambientais. 

2. PROBLEMAS DE CIRCULAÇÃO

Ter uma circulação saudável significa que estamos liberando a energia e os nutrientes que nossas células precisam para se  regenerar  e  reparar. Sem uma boa circulação, nossa pele pode ficar mais fraca.

Quando a circulação é comprometida, o transporte de nutrientes e oxigênio para as células é reduzido, o que pode afetar a saúde do tecido conjuntivo e a função dos vasos linfáticos. Isso pode contribuir para o aparecimento da celulite.

3. ALTERAÇÕES HORMONAIS

Acredita-se que os hormônios são um dos maiores contribuintes para as causas da celulite, principalmente nas mulheres.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o hormônio estrogênio é um dos causadores de diversas alterações no corpo feminino, como ganho de peso e retenção de líquido, incluindo as celulites. Esses hormônios estão mais concentrados nas regiões das coxas, glúteos e abdômen, causando o aumento da gordura e, por consequência, da celulite.

À medida que as mulheres envelhecem, seu nível natural de estrogênio começa a cair e, com o início da menopausa, o fluxo sanguíneo para o tecido conjuntivo também tende a diminuir. 

Menos fluxo sanguíneo significa que menos oxigênio está sendo entregue às células, retardando a regeneração e o reparo. Como as células conjuntivas são fraquíssimas, a gordura se torna mais visível através delas.

Nesse sentido, as alterações hormonais, como aquelas que ocorrem durante a adolescência, na puberdade, na gravidez, na menopausa ou no uso de contraceptivos hormonais, podem afetar a estrutura da pele e aumentar o risco de celulite. 

4. ESTILO DE VIDA

Um estilo de vida sedentário e com má alimentação é o primeiro passo para desenvolver as celulites. Para manter a saúde do corpo em todos os níveis é preciso incluir na nossa rotina os exercícios físicos, a boa alimentação, incluindo a ingestão de água.

Apesar da celulite ocorrer em pessoas fisicamente ativas por conta de outros fatores mencionados, a falta de atividade física regular é considerada um dos maiores fatores para o desenvolvimento dela. O exercício regular ajuda a melhorar a circulação sanguínea, a fortalecer os músculos e a promover a queima de gordura, o que, por consequência, pode reduzir a aparência de “casca de laranja” da pele.

Além disso, uma dieta equilibrada, cheia de gorduras saturadas, açúcares e alimentos grelhados, contribui diretamente com o teor de gordura e o aumento do peso corporal.

Nesse sentido, o excesso de gordura corporal pode agravar a aparência da celulite, aumentando a pressão sobre o tecido conjuntivo e, consequentemente, a protuberância das células de gordura.

Por isso, ter uma dieta rica em nutrientes, livre de óleos e gorduras ruins ajuda a eliminar a causa comum de ganho de peso e acúmulo de gordura no corpo, o que também ajuda a evitar o surgimento ou intensificação de celulites já existentes.

5. IDADE

Apesar de muitas pessoas começarem a ver celulite entre os seus 25 e 35 anos, a pele madura é mais fina e menos elástica, além de possuir todos os impactos do tempo já mencionados anteriormente. Essa combinação de fatores também aumenta a chance de desenvolvimento de celulite ao longo da idade.

6. ESTRESSE

QUAL PARTE DO CORPO TÊM MAIS CELULITE

A celulite tende a aparecer mais em certas regiões do corpo devido a uma combinação de fatores relacionados à distribuição de gordura, estrutura do tecido conjuntivo e características da pele. 

Por também ser fortemente associada às alterações hormonais, áreas onde a gordura é mais concentrada e a pele é mais fina tendem a ser mais propensas ao aparecimento da celulite. Vamos ver quais são essas regiões.

3. CELULITE NA BARRIGA

A barriga é um local de fácil acúmulo de gordura. Para perder a gordura na barriga é preciso uma boa alimentação e de exercícios de alta intensidade, como corridas e abdominais e por isso, para quem tem a vida corrida ou é sedentário, essa região do corpo acaba sendo deixada de lado. 

Nesse sentido, é normal que a barriga apresente celulites. Em geral, a intensidade da celulite no abdômen é menor do que nas pernas e glúteos, mas ainda assim é visível, principalmente com o passar do tempo.

4. CELULITE NOS BRAÇOS

Apesar de também ser menos frequente, a celulite pode afetar os braços, especialmente na parte superior dos membros. Isso pode ocorrer quando há acúmulo de gordura e enfraquecimento do tecido conjuntivo na região.

Além dos locais citados acima, também é possível que a celulite apareça em outras áreas do corpo, como no que chamamos popularmente de “papada”, dependendo da predisposição genética e de outros fatores individuais. Cada pessoa pode ter uma distribuição de celulite única em seu corpo. 

Se você estiver preocupado com a celulite em áreas específicas, é recomendável consultar um dermatologista ou um especialista em estética, que poderá fornecer uma avaliação e recomendar opções de tratamento adequadas às suas necessidades individuais.

5. CELULITE FACIAL

A lipodistrofia ginóide facial, também conhecida como celulite facial, é a condição que ocorre quando surge uma aparência irregular ou ondulada da pele na região do rosto. 

A celulite facial é diferente da celulite corporal, que geralmente afeta áreas como coxas, nádegas e abdômen. Esse tipo de celulite não é uma condição natural do corpo, pois é causado por um processo inflamatório agudo difuso na hipoderme (tecidos subcutâneos) da pele.

Geralmente, é oriundo por bactérias do tipo estreptococos ou estafilococos, as quais se infiltram nas camadas subcutâneas. Quando tal infecção evolui, pode se aproximar das meninges e do cérebro, nestes casos, o paciente corre riscos mais elevados, podendo chegar até mesmo à morte.

Além desses locais, também é possível que a celulite apareça em outras áreas do corpo, como na nuca ou na região abaixo do queixo, que chamamos popularmente de “papada”, dependendo da predisposição genética e de outros fatores individuais. 

Cada pessoa pode ter uma distribuição de celulite única em seu corpo. 

OS 4 TIPOS DE CELULITE

As celulites podem variar em termos de aparência, grau de gravidade e características gerais. Alguns termos utilizados para classificar as celulites podem variar, mas vamos alguns dos tipos mais comuns:

1. CELULITE EDEMATOSA

A celulite edematosa é caracterizada por uma aparência inchada ou edematosa da pele nas áreas afetadas. A pele pode apresentar ondulações, retenção de líquidos e sensação de peso ou desconforto. 

É frequentemente associada a problemas de circulação, má drenagem linfática, estilo de vida sedentário, desequilíbrios hormonais e dieta. 

O tratamento da celulite edematosa geralmente envolve a melhoria da circulação sanguínea e linfática, como a prática de exercícios físicos, massagens específicas, técnicas de drenagem linfática, dieta balanceada e hidratação adequada.

2. CELULITE FLÁCIDA

A celulite flácida, também conhecida como celulite mole ou celulite frouxa, é outro tipo de celulite que afeta a aparência da pele. É caracterizada por uma pele flácida e com pouca elasticidade nas áreas afetadas.

Geralmente está associado a uma diminuição da tonicidade muscular e da firmeza da pele. Alguns fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da celulite flácida, como envelhecimento, perda de peso muito rápida, sedentarismo e má alimentação. 

A aparência da celulite é de pele flácida, ausência de textura de “casca de laranja”, entre outros e o tratamento geralmente envolve medidas para fortalecer os músculos, melhorar a firmeza da pele e resultar na produção de colágeno e elastina. 

Isso pode incluir exercícios de resistência, como musculação, exercícios de tonificação muscular, tratamentos de radiofrequência, terapia de relaxamento, massagens específicas e uso de produtos tópicos que estimulem a produção de colágeno.

3. CELULITE FIBROSA

A celulite fibrosa é caracterizada pela presença de nódulos duros e irregulares na pele. Esses nódulos são causados por faixas fibrosas de tecido conjuntivo que se desenvolvem e puxam a pele para baixo, criando a aparência de "furinhos" ou irregularidades. 

Ela está relacionada a alterações na estrutura do tecido conjuntivo e ao conjunto de gordura. As bandas fibrosas se formam, limitando a circulação sanguínea e causando o aparecimento de celulite fibrosa.

O tratamento da celulite fibrosa geralmente envolve o rompimento das bandas fibrosas através de técnicas como liberação miofascial, massagem com rolos ou dispositivo de sucção, radiofrequência e laser. Além disso, medidas como exercícios físicos, alimentação saudável e hidratação adequada podem ajudar a melhorar a aparência da pele.

4. CELULITE DURA

A celulite dura e a celulite fibrosa são termos frequentemente usados de forma intercambiável para descrever características semelhantes à celulite. No entanto, em alguns contextos, a diferenciação pode ser feita em relação à sua consistência e às causas.

A celulite dura é caracterizada por nódulos compactos e rígidos sob a pele. Esses nódulos são causados pelo conjunto de gordura e pela fibrose do tecido conjuntivo, resultando em uma aparência dura e compactada. Suas causas são geralmente associadas ao aumento na formação de fibras de colágeno e à diminuição da elasticidade do tecido conjuntivo

O conjunto de gordura e a fibrose promovem a formação dos nós gordurosos da celulite.

Já a celulite fibrosa está relacionada a alterações no tecido conjuntivo, como o endurecimento e a compactação das fibras de colágeno. Essas alterações podem ocorrer em um aspecto "em cordas" ou "em faixas" na pele afetada.

Além disso, a celulite dura também está associada a um estágio mais avançado da celulite, onde ocorre um aumento na formação de fibras de colágeno e uma diminuição na elasticidade do tecido conjuntivo. Os sintomas da celulite dura podem incluir nódulos duros, sensação de dor e aparência irregular.

O tratamento desse tipo de celulite pode envolver abordagens combinadas para melhorar a circulação sanguínea, reduzir a gordura localizada, suavizar a textura da pele e estimular a produção de colágeno. Isso pode incluir terapias de radiofrequência, massagens profundas, tratamentos gratuitos, uso de produtos tópicos com ingredientes ativos, como retinol e cafeína, e, em alguns casos, procedimentos estéticos mais avançados, como a lipoaspiração.

CARACTERÍSTICAS DA CELULITE

CARACTERÍSTICAS DA CELULITE

A celulite é caracterizada por uma aparência irregular ou ondulada da pele, geralmente nas áreas onde há acúmulo de gordura. As principais características da celulite incluem:

Textura da pele: A pele afetada pela celulite pode apresentar uma aparência de "casca de laranja" ou "colchão", com ondulações, depressões ou nódulos visíveis. Essas irregularidades podem ser mais visíveis quando a pele é pressionada ou quando o músculo é contraído.

Sensação de desconforto: Em alguns casos, a celulite pode estar associada a sensações de peso, desconforto ou dor nas áreas afetadas. Isso pode variar de leve a moderado.

Mudanças na textura da pele: A pele afetada pela celulite pode parecer mais fria ao toque, menos firme e menos elástica. Isso ocorre devido a alterações na estrutura do tecido conjuntivo e na circulação sanguínea local.

Aparência das áreas afetadas: A celulite é mais comum em áreas onde a gordura está mais concentrada, como coxas, nádegas, abdômen e braços. As irregularidades da pele nessas áreas podem variar em grau de leve a grave.

GRAUS E INTENSIDADES DAS CELULITES

As celulites podem ser avaliadas tanto em graus, como em intensidades. 

O método Cellulite Severity Scale leva em consideração as principais características clínicas da celulite, como o número e profundidade de depressões, aspectos das áreas elevadas, nível de flacidez e os graus da classificação antiga. Cada um dos itens recebe uma pontuação de zero a três. A soma total dos pontos vai mostrar se a celulite é:

Leve (1 a 5 pontos);

Moderada (6 a 10 pontos);

Grave (11 a 15 pontos).

Além disso, temos os quatro níveis da celulite, que são levados em consideração no método Cellulite Severity Scale, que são:

Grau 1: considerado leve. A aparência da pele não possui ondulações ou irregularidades de maneira visível. Para enxergar os “furinhos” é preciso comprimir ou apertar a pele.

Grau 2: considerado de leve a médio. Neste grau a aparência de “casca de laranja” já é percebida sem comprimir a pele.

Grau 3: considerado moderado. Neste grau, os nódulos são claramente perceptíveis.

Grau 4: considerado grave. Aqui está a celulite dura, onde há a aparência de vários nódulos e pode ser associado também à “casca de amêndoa”. Há também inchaço, comprometimento da circulação sanguínea e pele com aspecto acolchoado.